segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Bill Gates - 11 Coisas que a escola não ensina

Bill Gates fala sobre a "Política educacional de vida fácil para as crianças", que tem criado uma geração sem conceito da realidade, e como esta política tem levado as pessoas a falharem em suas vidas após a escola.

Ele fez uma palestra em uma escola, dizendo aos estudantes 11 coisas que eles não aprenderiam na escola.

Todos esperavam que ele falasse mais de uma hora, ele falou cinco minutos e foi aplaudido durante 10 minutos. Agradeceu e foi embora em seu helicóptero.

Eis o discurso:

1 - A vida não é fácil, acostume-se com isso.

2 - O mundo não está preocupado com sua auto-estima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele, antes de sentir-se bem com você mesmo.

3 - Você não ganhará R$20.000 por mês assim que sair da escola. Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição, antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone.

4 - Se você acha seu professor rude, espere até ter um chefe. Ele não terá pena de você.

5 - Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias não está abaixo de sua posição social, seus avós têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de oportunidade.

6 - Se você fracassar, não é culpa de seus pais. Então não lamente seus erros, aprenda com eles.

7 - Antes de você nascer seus pais não eram tão críticos como agora. Eles só ficaram assim por pagar suas contas,l avar suas roupas, e ouvir você dizer que eles são ridículos. Então antes de salvar o planeta para a próxima geração querendo consertar os erros da geração de seus pais, tente limpar seu própio quarto.

8 - Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances precisar até acertar. Isto não se parece com absolutamente nada na vida real. Se pisar na bola, está despedido, RUA!!! Faça certo da primeira vez.

9 - A vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no fim de cada período.

10 - Televisão não é vida real. Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a boate e ir trabalhar.

11 - Seja legal com os nerds. Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar para um deles.

sábado, 26 de novembro de 2011

Você já descobriu quem é seu personagem ficcional?

Ser humano é uma coisa meio estranha, inesperada e atordoante. E cada pessoa deve encontrar sua forma única, seu nicho trófico específico, seu pequeno conjunto individual de características e comportamentos que a configuram como alguém "peculiar", único, precioso e irrepetível.

Nem gêmeos nem clones são na verdades cópias iguais, pois por mais que seus DNA's sejam idênticos, cada um poderá facilmente desenvolver personalidades díspares, ou mesmo que sejam bastante parecidas, ainda assim serão, únicas. Cada ser humano é seu próprio oceano de possibilidades.

Quando somos adolescentes ainda "não sabemos quem somos" e muitas vezes saímos experimentando de tudo, nos encaixando em tribos, torcendo por times, entrando em clubes; pois procuramos, no grupo, encontrar algum tipo de identidade, pois a nossa própria desconhecemos, ou se visto de outra forma, ela ainda está por construir.

Quando somos adultos tentamos, o máximo possível, sermos "normais". Todos querem ser aceitos, e a forma mais fácil disso é recobrir-se do manto da invisibilidade do não se destacar nem chamar atenção, do como faziam os adolescentes, agir conforme o grupo. Humanos são uns grandes "Maria vai com as outras" e essa foi a grande sacada comercial de Mark Zuckerberg. Queremos ser e ter como aqueles que consideramos ser nossos iguais: nossos amigos de infância, colegas de faculdade e de trabalho.

Porém, mesmo com a necessidade de nos sentirmos dentro do espectro da "normalidade", deixamos transparecer traços incontornáveis de nossa psique, tal como cacoetes de linguagem. Da mesma forma que alguém comete repetidamente sempre os mesmos erros de ortografia, pois não sabe a grafia correta, em nosso comportamento sempre repetimos gestos, frases, jeitos de nos posicionar nas conversas, que nos denunciam em nossa individualidade, por mais que tentemos, sempre, emular o comportamento de nossos interlocutores de forma a aparentarmos fazer parte do grupo.

Alguns comportamentos são tão sintomáticos, ou poderia eu dizer característicos e facilmente distinguíveis, que descrevem uma "síndrome" que pode ser associada a personagens ficcionais. Obviamente a ficção é sempre meio pastelão, expressionista, tem as cores excessivamente carregadas e gestuário, obviamente, teatral. Mas ainda assim há casos em que apenas a existência de um super-ego desenvolvido num certo "controle da língua" separa a ficção da realidade.

Descobri que não fosse meu, parcamente desenvolvido, mas algo existente, super-ego, eu já existiria, enquanto persnagem ficional. De dois seriados. De humor. Por incressa que parível, eu, que já fui considerada por alguns a pessoa mais mal-humorada do planeta, sou uma personagem de comédia. Na verdade meu senso de humor é bastante aguçado. Não é minha culpa se ele muitas vezes é politicamente incorreto, sarcástico-satírico ou elaborado demais para alguns outros personagens.... Bazinga!

São estes os dois personagens ficcionais que, misturados, pintam o retrato desta aprendiz de escritora:

Natália Klein de "Adorável Psicose".

Eu não tinha o costume de assistir a essa série até recentemente. Já tinha ouvido falar dela quando certo ex-namorado me disse que assistia a este programa e que ria até não se agüentar mais do tanto que a personagem o fazia lembrar-se de mim. Pelo nome do programa algo me senti ofendida e não me interessei em ir atrás para saber do que se tratava até que, num zapear de canais, me encontrei no Multishow em estilo vintage. Com todas as cores carregadas e expressões histriônicas que eu faria se não temesse o julgamento alheio. Aquela Fernanda que fica trancadinha no meu devaneio estava lá, desbocada, fazendo toneladas de bobagens, se metendo em várias frias. Sempre com tiradas sério-satíricas engraçadíssimas e que deixam seus interlocutrores com um certo entre-olhar de constrangimento que diz "De que planeta saiu essa louca?"

A personagem é inspirada no blog homônimo, que instila por escrito os devaneios e questões existenciais cotidianas mais malucas que adoráveis psicóticos, como eu, desfiam incessantemente no silêncio de suas mentes inventivas.

Blog "Adorável Psicose"

Jô Soares entrevista Natália Klein 05/10/2011


Sheldon Cooper de "The Big Bang Theory"

Se Natália Klein é meu mundo interno, Sheldon Cooper é meu manifestar externo. Talvez isso seja devido a ambos sermos portadores da Síndrome de Asperger, que é responsável por algo como 60% das idiossincrasias de Sheldon Cooper. Ele é seco, pragmático, protocolar, direto, claro e patologicamente sincero, e de tudo isso compartilho, e como consequêcia conheço o certo deslocamento social de que Sheldon Cooper também é vítima.

Pessoas com essa "síndrome de Sheldon Cooper" sentem-se, de fato, meio como Spock, um visitante de outro planeta, que não compreende metade do que se passa nesse mundo, pq as pessoas são tão ilógicas, e nunca sabe como se comportar direito por ser incapaz de dominar a "etiqueta" que rege as interações sociais "aborígines".

Eu percebi que era Sheldon Cooper quando o personagem nem existia, eu contava 11 anos e percebi que meus amiguinhos não compreendiam metade do que eu falava. Pq eu falasse errado? Não, pq eu usava palavras elaboradas, requintadas, exatas, que eles desconheciam. E muitas vezes eu dava foras completos, grandes gafes, pois não dominava o código de comportamento humano, como hoje ainda é fato. Essa sensação de "ser Spock" meio que me acompanha em toda a minha trajetória.

O elemento comum entre ambos os personagens é seu humor: o não-humor. Nenhum deles faz piadas. Sua graça é exraída de frases mal-humoradas, chocantes, sem-noção, malucas, e portanto, creio, engraçadas.

No mais, qualquer coisa que eu escreva será menor que o assistir aos programas. Quem assistir e me conhecer, seguramente irá me reconhecer. Quem assistir sem me conhecer poderá ter uma pálida idéia do conjunto de idiossincrasias que fazem desta autora um ser humano algo, digamos, interessante; e único.


Stranger Than Fiction

Yakissoba vegetariano simples

Essa é uma versão caseira e "abrasileirada" do clássico prato da culinária chinesa. Com ingredientes fáceis de encontrar (se não encontrar o cogumelo, faça sem ele!) o yakissoba sempre agrada, dando um ar de sofisticação e de cozinha internacional ao mais simples jantar de família. Dê-se um presente delicioso ou surpreenda quem vc ama com uma variação fácil do cadápio!

Ingredientes:

1 cenoura pequena cortada em rodelas
Meio pimentão amarelo cortado em sticks
Um terço de maço de brócolis picado
1 cebola pequena fatiada
100 gramas de cogumelo shimeji soltos
Um terço de maço de escarola / chicória fatiada
100 gramas de macarrão para yakissoba
1 xícara de shoyu
1 colher de sopa cheia de amido de milho
Salsinha e cebolinha picadas a gosto
Óleo para refogar

Modo de preparo:

Refoque a cenoura e o pimentão num pouco de óleo por 4 minutos.
Acrescente o brócolis e conzinhe por mais 3 minutos.
Adicione o cogumelo e a cebola. Refoge por mais 3 minutos.
Adicione a escarola e espere-a murchar.
Dissolva o amido de milho na xícara de shoyu. Abaixe o fogo do refogado e adicione este líquido.
Mexa delicadamente até engrossar.
Adicione o macarrão já cozido e as ervas. Está pronto para servir.

Se gostar, salpique amendoim torrado por cima do prato.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Viver é melhor que sonhar?

Muitas pessoas não têm "apetite" por cultura, frequentemente por considerá-la um acessório, um "frufru", uma "firula", dispensável. Muitos vêm na cultura algo vão, que rima com frescura, arrogância, desejo de se demonstrar mais "refinado" por vontade de idenficação com certo extrato ou camada social, superior, valorizada. Essa postura justica-se, sobretudo entre os que não compreendem que arte não é acessório, mas uma pulsão primordial da psique humana.

Humanos têm uma sede implacável por "arte". Mesmo que num primeiro momento não se deêm conta.

A explicação para isso está em que a arte toca em certo aspecto inefável da psicologia humana: nosso desejo de transcendência, de auto-compreensão, do ir além, do ser "especial". O ser humano é um enigma, jamais suficientemente desvendado. Na arte encontramos catarse: empaticamente nos identificamos com "o outro", e suas aventuras e desventuras são protagonizadas, ao nível do sonho, por nós mesmos. Assim, a arte é individual e transpessoal ao mesmo tempo.

Partamos de um exemplo tangível. Usarei a "obra de arte" mais valorizada em nosso tempo, inestimável: a "Mona Lisa" ou "Gioconda" de da Vinci, em exposioção no Louvre, em Paris. Seu valor não é intrínseco, mas extrínseco. Isso signfica que, em si, o quadro nada vale. É apenas uma tela de linho embebida em óleos tingidos. A Mona Lisa só ganha valor quando observada. É o ser humano, ao observar na Mona Lisa algo de si que lhe atribui valor, incalculável.

Na Mona Lisa Leonardo da Vinci não retratou a esposa de um burguês italiano; fez um ensaio analítico sobre todas as mulheres do mundo. Inclusive a meu respeito. É isso, o reconhecer-se, que justifica alguém ficar parado horas observando-a. Ele não a está observando. Está observando, realizando, dando-se conta, de aspectos antes não percebidos de sua própria condição humana.

Quem vê uma peça de arte, em qualquer de suas expressões, e não se reconhece nela, realmente, não terá nenhum gosto por esta experiência, não poderá verdadeiramente apreciá-la. Portanto, aprender a sensibilizar-se para as artes é uma forma de erigir-se melhor no viver, transformando o sonhar em realizar, transformar em realidade na vida.

Diz o famoso poema do pouco vivido poeta Fernando Pessoa que:

"Navegar é preciso, viver não é preciso."

Para melhor compreender a acepção que farei desse verso o transcreverei alterando-o:

"Navegar tem precisão, calculada, cartográfica. Viver não tem precisão, cálculo ou mapa algum."

E hoje, que "navegar" se aplica a uma realidade virtual, inexistente na época dos Argonautas citados no poema e na própria época do poeta, estes versos ganham um novo prisma analítico:

"Navegar virtualmente na net é facil, delimitado, explícito, preciso. Viver, a vida real, não é fácil, nem preciso. A vida real não tem limites demarcados. Seus significados não são expressos, estão implícitos em linguagem não-verbal."

Por isso muitas vezes sonhar, criar, compreender através da arte, é melhor e mais fácil do que viver. E muitas pessoas encastelam-se numa torre de marfim teórica que os proteja do viver cotidiano, diuturno, impreciso, assustador.

Passei individualmente por isso ao final da faculdade no dilema: teorizar ou praticar? Fazer mestrado ou trabalhar? Optei por viver, e não sonhar. Encarar a realidade, pois de certa forma me pareceu pouco honesto tornar-me como os que muito critico: pedagogos de escritório, que nunca deram efetivamente aula e criam mil teorias sobre o que não conhecem, erigindo infidáveis e inúteis castelos de areia.

Quantos milhares de assim chancelados mestres e doutores digressam longamente sobre o proletariado sem nunca terem efetivamente trabalhado, sem jamais haver ganho com o suor de seu rosto o próprio pão?

Esse aspecto é abordado na música de Belchior "Como nossos pais" popularizada na transbordante interpretação da muito vivida Elis Regina:

"Não quero lhe falar meu grande amor das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi e tudo que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar, eu sei que o amor é uma coisa boa

Mas também sei que qualquer canto é menor do que a vida de qualquer pessoa"

Criar um canto, um discurso, como estou fazendo agora, é uma foma de sonhar que auxilia ao viver. Da mesma forma, apoderar-se, pela leitura ou fruição, da arte já existente é uma forma de sonhar sonhos alheios, aprimorando a experiência do próprio viver. Que agora fica mais atento, mais sensível, pela percepção de "novos" aspectos da existência, para os quais antes éramos cegos, ou insensíveis. Que já estavam lá, mas mudos, sem palavras ou imagens que os tornassem tangíveis, inteligíveis, analisáveis, por nós.

A arte nos torna conscientes, nos desperta, para aspectos de nós mesmos que antes desconhecíamos, não nos dávamos conta; que estavam ágrafos, puramente simbólicos, em nosso subconsciente. A arte coloca diante de nós estes aspectos de nós mesmos antes escondidos, não compreendidos, os quais não sabíamos ao certo como processar, expressar. A arte nos dá ferramentas para a compreensão, e desenvolvimento, de nossa personalidade em aspectos sucessivamente mais amplos.

A arte não inventa, não inova. Ela revela aspectos escondidos, universais, atemporais, de nós mesmos, da condição humana. Que muitas vezes não gostamos de encarar, de perceber. Por isso nem sempre a arte é "bela", como gostaríamos que ela, que nós; fôssemos.

Nao sei se viver é melhor que sonhar, ou se sonhar é melhor que viver; apenas sei que ambas as experiências são essenciais à construção da cada pessoa em um ser verdadeiramente humano.

Cabalá - Sonhos

A Visão Espírita dos sonhos, por Luiz Carlos D. Formiga

O sonho de Jacó

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Educação emotiva pelo cinema: Jerry Maguire

Há muitos filmes fundamentais que merecem ser assistidos não por serem grandes realizações estéticas, mas por transmitirem uma certa “moral da história” relevante à educação emotiva humana. Que fique claro logo no início que há um abismo entre ser “moralista” e observar a “moral da história”.

Muitas lições essenciais que precisamos aprender em nosso amadurecimento são muito difíceis de didatizar, descrever em tópicos e explicar numa simples lição. Por isso as parábolas, historietas que exemplificam certo princípio abstrato, são um recurso muito popular na literatura, e nas variadas artes.

Dentre os filmes com enredo delicado, cuja história busca ser algo mais que um “romance água com açúcar” merece destaque “Jerry Maguire”, em português adicionado de “A grande virada”.

O filme começa com um suicídio.

Não literal. Jerry Maguire (Tom Cruise) é um agente esportivo de sucesso que, incomodado com as práticas amorais da corporação capitalista em que trabalhava, escreve um “Memorando” no qual expõe sua intenção de “humanizar” seu trabalho. Esse é seu suicídio. Percebe logo que não há como “humanizar” uma corporação. E que seu memorando fôra sua nota suicida no mundo corporativo.

Começa então a “grande virada” de Jerry. E a crônica da humanização de um homem. O filme narra no entrelaçamento entre Jerry e sua secretária (Renée Zellweger) como se dá o amadurecimento emotivo de um homem que já se achava pretensamente adulto e se descobre, psicologicamente, infantilizado e temeroso de subir de patamar.

Não creio que outro ator conseguiria tão eloquentemente nos entregar Jerry Maguire em sua plenitude. O olhar de Tom Cruise tem 11 mil facetas, 20 mil dúvidas, 30 mil hesitações e 400 mil boas intenções. Tem as sobrancelhas retas duma alma pura. Um leve vinco de preocupação, tal qual de um jovem pai de família, sobre o nariz. Sua alma transparece no olhar, de um homem que tenta ser honesto e leal.

Tom Cruise enuncia um monólogo inteiro num movimento de sobrancelha. Seu sorriso é sem reservas, entregue, como o de um menino. E ao mesmo tempo sua postura exsuda insegurança, em seus ombros despontando à frente, como quem teme eternamente a derrota ou acaba de ser “chamado à atenção”.

Além de mostrar o amadurecimento emotivo de Jerry, o filme tb mostra a família que ele tenta construir. A descoberta do amor puro numa criança. A alegria do amor que surge da admiração, nascida no respeito. Como se ainda existissem “caras legais” que se prontificarão a ser um bom pai para o filho órfão de uma mãe solteira. E que dirá a ela “Você me completa”, para êxtase de todo um grupo de mulheres descasadas.

O filme também mostra, na cena do acidente em campo do único atleta agenciado por Jerry, como a vida pode dar 3 giros completos num segundo. E num simples átimo todos os seus sonhos podem ser destruídos. Ou colocados vários patamares acima. E como nada disso depende de nós ou de nossas “boas intenções”.

Mas como é um filme de Hollywood, tudo dá certo, Jerry fica rico e seu casamento segue adiante. Mas não julguemos o filme pelo fim. Sua riqueza é a trajetória que narra e desvenda. A crônica de Jerry Maguire é a do difícil caminho que pode fazer de um capitalista sedento de “Show me the money” em um ser humano, capaz de ter sentimentos profundos, verdadeiros, e que duram pela vida inteira. Mostra que o caminho do “verdadeiro sucesso” não é fácil, nem largo, nem próspero, nem bem-iluminado. Que é preciso perseverar, incansavelmente, de forma leal e constante, no caminho do bem. O que é bastante difícil, e para poucos.

Pegar a saída fácil é o caminho mais curto para harmonizar-se com o mundo. E desviar-se de nosso real propósito na vida. Que não tem nada a ver com dinheiro. O dinheiro, na verdade, nos desvia e esconde de nós a Verdade, com V maiúsculo.

Vivemos num mundo cínico”.


"Jerry Maguire", 1996


"The Corporation"


Tim Maia - O caminho do bem

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